Conforme informado no portal do gov.br a relação comercial entre Brasil e China acaba de dar mais um passo importante para o fortalecimento do setor agropecuário. Recentemente, o Ministério da Agricultura do Brasil anunciou que 46 estabelecimentos nacionais foram habilitados pela China para exportar farinhas de aves e suínos, além de outros quatro estabelecimentos autorizados a exportar farinha de pescado. Essa nova autorização pode gerar um impacto significativo tanto para a indústria brasileira quanto para o mercado global, especialmente em termos de comércio e sustentabilidade.
O impacto da autorização para a exportação de farinhas de origem animal
O protocolo sanitário bilateral entre Brasil e China foi assinado em 2023, após auditorias presenciais realizadas pela Administração Geral das Alfândegas da China (GACC). Com a aprovação, o Brasil pode agora enviar, com maior regularidade, farinhas de aves, suínos e peixe para o maior parceiro comercial do agronegócio brasileiro. Além disso, a implementação do novo modelo de certificado sanitário entre os países trouxe mais transparência e segurança ao processo de exportação, aumentando a confiança no setor.
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Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil exportou US$ 304 milhões em farinhas de origem animal para a China em 2024, destacando o grande volume de transações que ocorre entre os dois países. A liberação para novos estabelecimentos se soma a um cenário crescente de demanda de produtos derivados de origem animal, especialmente para uso em ração animal.
Oportunidades para o setor de reciclagem animal
Uma das grandes vantagens dessa autorização é a abertura de novas oportunidades para o setor de reciclagem animal, uma área que tem ganhado destaque por sua contribuição na redução de desperdícios e na promoção de uma cadeia produtiva mais sustentável. As farinhas de origem animal, como as de aves e suínos, são subprodutos das indústrias alimentícias que, quando processados de maneira correta, se tornam uma excelente fonte de proteína para a alimentação de animais, especialmente para aves e suínos. A reciclagem desses produtos reduz o impacto ambiental e melhora a eficiência do uso de recursos.
Como a China se posiciona no mercado global de alimentos
A China continua sendo um ator essencial no mercado global de alimentos e rações. O país não apenas é um grande importador de grãos e carne, mas também está cada vez mais atento à sustentabilidade das cadeias de produção de alimentos, o que faz com que ele busque alternativas mais ecológicas para suas necessidades nutricionais animais. Isso tem incentivado a demanda por produtos como farinhas de origem animal, que, além de nutritivas, são uma solução eficaz para o reaproveitamento de recursos.
Os nomes das empresas habilitadas para esta negociação não foram divulgados.
Fonte: gov.br