A crise ambiental no Lajeado São José forçou a implementação imediata de um sistema de rodízio em toda a cidade. Com a captação principal paralisada para a retirada de óleo da represa, a cidade é abastecida com apenas 50% da sua capacidade de vazão, dependendo exclusivamente da fonte alternativa do Rio Tigre, no interior de Guatambu.
Para garantir que a água chegue a todos os pontos, a Casan dividiu a operação em ciclos de 12 horas. A estratégia utiliza a gravidade e a pressão da rede de forma alternada: enquanto as regiões baixas recebem água, as altas são interrompidas, e vice-versa.
O Cronograma do Rodízio
O plano de contingência estabelece que as regiões mais altas sejam abastecidas durante a madrugada, enquanto as áreas baixas recebem prioridade durante o dia.
⚠️ CORTE NAS REGIÕES BAIXAS: Das 18h de hoje (24) às 06h de amanhã (25)
A partir do final da tarde desta quarta-feira, o abastecimento será totalmente interrompido nos seguintes bairros para permitir que a água alcance os reservatórios das áreas elevadas:
• Água Santa, Alvorada, Paraíso e Passo dos Fortes;
• Bela Vista, Pinheirinho, Boa Vista e Presidente Médice;
• Bom Pastor, Progresso, Cristo Rei e Quedas do Palmital;
• Dom Pascoal, Santa Maria, EFAPI e Santa Paulina;
• Eldorado, Santo Antônio, Esplanada e Lajeado;
• São Pedro, Maria Goretti, Seminário e Palmital.
Força-tarefa na represa
Enquanto o rodízio tenta equilibrar o consumo, uma força-tarefa atua na contenção do óleo. Barreiras físicas foram instaladas na represa e caminhões hidrovácuo realizam a sucção do poluente. A retirada da mancha é complexa e exige o desmonte de equipamentos com o auxílio de guindastes.
A normalização do sistema depende do sucesso dessa limpeza e das análises laboratoriais que ocorrem de hora em hora. Até que a captação no Lajeado seja retomada, a recomendação é de consumo zero para atividades não essenciais, como lavagem de carros, calçadas ou rega de jardins.






