terça-feira, 16 dezembro, 2025

Mais de 1 bilhão de mulheres foram expostas à violência sexual na infância, revela estudo

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Um estudo publicado na semana passada no periódico The Lancet revelou dados alarmantes sobre a violência contra mulheres ao redor do mundo. Mais de 1 bilhão de mulheres a partir dos 15 anos foram expostas à violência sexual durante a infância. Esse dado faz parte do Global Burden of Disease (GBD) 2023, um estudo que examina os impactos da violência sexual e doméstica na saúde das mulheres.

Além dessa triste estatística, o estudo estima que em 2023, cerca de 608 milhões de mulheres sofreram algum tipo de violência por parceiros íntimos, incluindo abuso físico e sexual. A violência sexual e doméstica continua a ser um dos maiores problemas de saúde pública, especialmente em países de baixa e média renda, mas também afeta significativamente as mulheres em nações de alta renda.

O impacto da violência na saúde das mulheres

A pesquisa apontou que a violência contra a mulher está fortemente associada a uma série de condições de saúde a longo prazo, como depressão, ansiedade, doenças crônicas e aumento do risco de morte prematura. As mulheres vítimas de abuso sexual e violência doméstica também enfrentam riscos elevados de infecção por HIV e outras doenças transmitidas sexualmente, especialmente nas regiões da África Subsaariana e no sul da Ásia, onde as taxas de HIV e outras condições crônicas estão alarmantemente altas.

De acordo com os dados do estudo, os países de alta renda também enfrentam grandes desafios relacionados à violência contra a mulher. A violência doméstica é identificada como um dos principais fatores de risco para a infecção por HIV, especialmente entre jovens de 15 a 49 anos. Fatores como transtornos relacionados ao uso de substâncias e o aumento de doenças não transmissíveis nesses países também contribuem significativamente para os impactos negativos na saúde mental e física das mulheres.

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A urgência de medidas preventivas e apoio às vítimas

Para os autores do estudo, os números são surpreendentes e destacam a necessidade urgente de ações preventivas. Entre as medidas recomendadas estão o fortalecimento de marcos legais, a promoção da igualdade de gênero e a ampliação dos serviços de apoio para as sobreviventes de violência.

Os pesquisadores destacam, ainda, que a violência contra mulheres e crianças deve ser encarada como uma prioridade crucial de saúde pública. Eles ressaltam que enfrentar a violência não é apenas uma questão de direitos humanos, mas também uma ação essencial para salvar milhões de vidas, melhorar a saúde mental e fortalecer comunidades resilientes.

O caminho para a recuperação e a construção de comunidades mais fortes

Apesar dos desafios, a pesquisa deixa claro que, ao enfrentar a violência e fornecer suporte adequado às vítimas, é possível reduzir os danos à saúde e criar comunidades mais saudáveis e resilientes. O apoio a sobreviventes de violência sexual e doméstica, combinado com a criação de políticas públicas eficazes, pode ser uma maneira eficaz de combater esse ciclo destrutivo.

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