quinta-feira, 11 dezembro, 2025

Vacina do HPV reduz internações em até 77% após introdução no SUS, aponta estudo

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A vacinação contra o HPV no Sistema Único de Saúde (SUS) resultou em uma queda expressiva nas hospitalizações por doenças relacionadas ao vírus. Um estudo publicado na revista Human Vaccines and Immunotherapeutics mostra que, entre 2014 e 2019, as internações de meninas de 15 a 19 anos por verrugas anogenitais caíram 77%. Já as hospitalizações por neoplasia intraepitelial cervical, lesão precursora do câncer do colo do útero, tiveram redução de 66%.

A pesquisa, realizada pela farmacêutica MSD, analisou dados do Sistema de Informações Hospitalares. Para os meninos, que começaram a ser vacinados em 2017, a comparação entre esse ano e 2019 também mostrou impacto positivo: uma queda de 50,9% nas internações por verrugas anogenitais. Os resultados reforçam a vacina como uma ferramenta poderosa de saúde pública.

Estudo corrobora redução de câncer de colo do útero já detectada

Os dados se somam a evidências anteriores. Uma pesquisa da Fiocruz já havia detectado uma redução de 58% nos casos de câncer de colo do útero atribuível à vacinação. O HPV também pode causar outros tipos de câncer, como de vulva, pênis, ânus e orofaringe. A líder do estudo, Cintia Parellada, destaca que, para eliminar esses cânceres, é crucial manter alta cobertura vacinal, ampliar o rastreamento e garantir tratamento adequado.

No SUS, a vacina é gratuita para o público-alvo: meninas e meninos de 9 a 14 anos, além de grupos especiais como pessoas vivendo com HIV. Desde 2024, o esquema passou a ser de dose única, facilitando a adesão.

Brasil tem alta cobertura, mas ainda abaixo da meta de 90%

O Brasil se destaca positivamente no cenário global. Dados de 2024 mostram uma cobertura de 82,83% para meninas e 67% para meninos, números muito acima da média mundial de 12% estimada pela OMS. No entanto, ainda estão abaixo da meta nacional de 90%, indicando que esforços de conscientização e acesso precisam continuar.

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Portanto, os números são um claro sinal de que a vacinação em massa funciona. A queda nas hospitalizações não apenas alivia o sistema de saúde, mas principalmente evita sofrimento e salva vidas, representando um retorno imenso do investimento em imunização.

Em resumo, o estudo oferece mais uma prova concreta do sucesso da vacina contra o HPV. Manter e ampliar a cobertura é o caminho para um futuro com menos cânceres preveníveis no país.

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