A ceia de Natal de 2025 chega mais pesada no bolso das famílias, especialmente em Santa Catarina. Um levantamento da Neogrid aponta que os alimentos tradicionais da festividade subiram até 65,3% no Brasil, puxados principalmente pelo peru e outras aves natalinas.
A análise considerou 20 produtos monitorados entre outubro de 2024 e 2025, dos quais 14 tiveram aumento de preço. Mesmo com a escalada, a expectativa da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) é de aumento de 15% no consumo, indicando que as famílias devem manter as celebrações — ainda que buscando alternativas mais econômicas.
A alta nos preços: o que mais pesou na mesa do brasileiro
Peru lidera os aumentos
O maior salto foi registrado no peru de Natal, com alta de 65,3%. As aves natalinas em geral também ficaram mais caras, subindo 42,8%.
Outros itens tradicionais da ceia, como o bacalhau salgado seco, apresentaram variação de 22,2%. Já castanhas e amêndoas, que geralmente compõem sobremesas e acompanhamentos, subiram 20% e 19,6%, respectivamente.
Por que a ceia encareceu? Especialista explica
Para Anna Carolina Fercher, líder de Dados Estratégicos da Neogrid, o aumento é reflexo de uma combinação de fatores. Entre eles:
- Queda da produção nacional, agravada pelas enchentes no Rio Grande do Sul em 2024.
- Prioridade das exportações, que reduz a oferta interna.
- Impacto climático nas safras, especialmente no caso de castanhas e amêndoas.
Esses elementos pressionam toda a cadeia de suprimentos e influenciam diretamente o preço final ao consumidor.
Catarinenses devem gastar mais neste ano
Mesmo com a inflação da ceia, a estimativa indica que os catarinenses devem gastar, em média, quase meio salário mínimo apenas com presentes. O cenário reforça que, apesar do custo elevado, o apelo emocional das festas mantém o consumo aquecido.
Para reduzir gastos, uma alternativa é substituir itens tradicionais por versões nacionais ou mais baratas — tendência que deve crescer neste ano.






