A Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, no Aeroporto de Guarulhos (SP) nesta terça-feira (18). O banqueiro tentava deixar o país quando foi detido no âmbito da Operação Compliance Zero, que investiga a emissão de títulos de crédito falsos no sistema financeiro nacional.
Operação cumpre 32 mandados em cinco estados
A PF está cumprindo cinco mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 25 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. Vorcaro está detido na Superintendência da PF em São Paulo.
As investigações começaram em 2024 após requisição do Ministério Público Federal, que solicitou a apuração da possível fabricação de carteiras de crédito falsas por uma instituição financeira.
Títulos falsos foram vendidos e substituídos
Segundo a Polícia Federal, os títulos de crédito falsos teriam sido vendidos a outro banco. Após fiscalização do Banco Central, esses ativos foram substituídos por outros sem a devida avaliação técnica, caracterizando irregularidades no sistema financeiro.
Detenção ocorre um dia após anúncio de venda do banco
A prisão de Vorcaro acontece em um momento crucial. A Fictor Holding Financeira havia anunciado na segunda-feira (17) a compra do Banco Master, tornando o timing da operação policial ainda mais significativo.
A Agência Brasil tenta contato com a defesa do banqueiro para publicar seu posicionamento sobre as acusações. Até o momento, não há manifestação oficial dos advogados de Vorcaro.
Operação Compliance Zero atinge alto escalão
A Operação Compliance Zero representa um dos maiores golpes recentes contra irregularidades no sistema financeiro brasileiro. A prisão de um banqueiro de destaque como Vorcaro demonstra o alcance das investigações da Polícia Federal.
As investigações continuam em andamento, com a análise de documentos apreendidos nos mandados de busca e apreensão. Novas informações devem ser divulgadas pela PF nas próximas horas.
Este caso reforça a atuação integrada entre Polícia Federal, Ministério Público Federal e Banco Central no combate a crimes financeiros de grande complexidade.
Informações: Agência Brasil







