O Novembro Azul é uma campanha dedicada à saúde masculina, com foco especial na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. A próstata é uma pequena glândula localizada abaixo da bexiga, responsável por produzir o sêmen. Apesar do tamanho discreto, alterações nessa região podem ter impacto importante na saúde do homem.
De acordo com estimativas recentes do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil registrou cerca de 71.730 mil novos casos de câncer de próstata em 2024, reforçando a necessidade de atenção contínua ao tema.
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Sintomas: atenção aos sinais do corpo
Nos estágios iniciais, o câncer de próstata costuma evoluir silenciosamente, sem apresentar sintomas. Quando os sinais aparecem, podem incluir:
- Dor ou dificuldade para urinar
 - Aumento da frequência urinária, especialmente à noite
 - Sangue na urina ou no sêmen
 - Dor na região pélvica, nas costas ou quadris
 - Dor ao ejacular
 - Disfunção erétil
 - Em raros casos, dor óssea
 
É importante lembrar: ausência de sintomas não significa ausência da doença. Por isso, o acompanhamento médico regular é essencial para detecção precoce.
Diagnóstico: exames que salvam vidas
O diagnóstico do câncer de próstata combina diferentes métodos, entre eles:
- Toque retal, para avaliar a glândula
 - Exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), feito por exame de sangue
 - Ressonância magnética multiparamétrica, para identificar áreas suspeitas
 - Biópsia prostática, quando há necessidade de confirmação
 
Nos últimos anos, houve avanços importantes, como a biópsia transperineal — realizada pela pele próxima ao períneo — que reduz o risco de infecção.
Em casos de suspeita de doença avançada, exames como o PET-PSMA auxiliam na identificação precisa de metástases e ajudam a definir o melhor plano terapêutico. Outros marcadores, como Oncotype, PCA3 e 4K score, também contribuem para personalizar o tratamento conforme o risco do tumor.
Tratamento: abordagem personalizada
As opções terapêuticas variam conforme o estágio da doença e as características do paciente. Entre as principais abordagens estão:
- Vigilância ativa, para casos de baixo risco
 - Cirurgia (prostatectomia radical)
 - Radioterapia
 - Terapia hormonal, indicada principalmente quando há metástases
 - Avanços tecnológicos, como cirurgia robótica e novos agentes hormonais
 
A decisão terapêutica deve ser individualizada, considerando riscos, benefícios e qualidade de vida do paciente.
Prevenção: hábitos que fazem diferença
Embora nem todos os casos possam ser evitados, adotar hábitos saudáveis reduz o risco de desenvolvimento do câncer de próstata e colabora para a saúde geral do homem. Recomenda-se:
- Manter alimentação rica em frutas, verduras, legumes e grãos
 - Reduzir o consumo de gorduras, especialmente de origem animal
 - Praticar atividade física regularmente
 - Controlar o peso corporal
 - Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool
 - Realizar consultas periódicas e exames preventivos
 
Homens com histórico familiar de câncer de próstata devem começar a avaliação médica por volta dos 40 anos. Para outros, o acompanhamento geralmente inicia aos 50 anos.
Segundo informações e diretrizes do Hospital Israelita Albert Einstein, instituição referência em saúde no Brasil, exames preventivos como PSA, toque retal e ressonância magnética multiparamétrica são fundamentais para identificar alterações precoces na próstata e definir o tratamento mais adequado.
O Novembro Azul reforça uma mensagem essencial: prevenir é sempre o melhor caminho. Cuidar da saúde masculina passa por informação, acompanhamento médico e atenção aos sinais do corpo. O diagnóstico precoce continua sendo a principal estratégia para garantir mais qualidade de vida e aumentar as chances de cura.
Consultar um profissional de saúde regularmente e incluir os exames preventivos na rotina são atitudes simples que podem salvar vidas.





                                    
    

