quinta-feira, 14 agosto, 2025

Mais Médicos mantém alta aprovação popular e enfrenta críticas dos EUA

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O programa Mais Médicos, criado em 2013 para ampliar o acesso à saúde básica em todo o Brasil, mantém elevada aprovação popular, beneficiando mais de 66,6 milhões de pessoas em mais de 4 mil municípios. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente 26 mil profissionais atuam no programa, sendo 22,7 mil brasileiros e 2,6 mil cubanos.

Participação cubana no Mais Médicos

Até 2018, os médicos cubanos representavam a maior parte dos profissionais do programa, chegando a 64% no primeiro ano de execução. Hoje, eles correspondem a cerca de 10% do total, selecionados por editais abertos a estrangeiros para vagas não ocupadas por brasileiros.

Cuba mantém histórico de cooperação médica com mais de 165 países desde a década de 1960, enviando mais de 605 mil profissionais ao exterior. Essa colaboração é considerada estratégica para o país, que enfrenta há mais de seis décadas um bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos.

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Críticas e tensões diplomáticas

Na última quarta-feira (13), os EUA revogaram vistos de funcionários do governo brasileiro, ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e familiares, alegando trabalho forçado de médicos cubanos. Para Rômulo Paes, presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a medida não está relacionada à saúde, mas a interesses da política externa norte-americana.

Paes destacou que, em 2013, Cuba já mantinha cooperação médica com mais de 100 países, incluindo Portugal, Espanha, Rússia e Ucrânia. Ele criticou a seletividade da medida norte-americana, classificando-a como uma tentativa de reacender polêmicas antigas.

Impactos do programa no Brasil

O Mais Médicos foi decisivo para reduzir o déficit de atenção primária em cerca de 56% em diversas cidades. Houve melhoria na relação médico-paciente, redução de abandono de tratamentos e queda nas internações por causas evitáveis. Em seu primeiro ano, a cobertura da atenção básica saltou de 10,8% para 24,6% da população.

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Levantamento da UFMG e do Instituto Ipespe com 14 mil entrevistados revelou que 95% dos pacientes estão satisfeitos com o programa, que recebeu nota média 8,4 — entre indígenas, a média foi de 8,7. Estudo da Opas destacou a presença constante dos médicos e a redução do tempo de espera nas unidades básicas.

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