Por: Mayara Leite – redatora Seo On
Notícias de Santa Catarina – Um elefante-marinho-do-sul (Mirounga leonina) foi flagrado descansando na faixa de areia da Praia da Armação, em Penha, no Litoral Norte de Santa Catarina, no último sábado (2). Com cerca de 2,5 metros de comprimento, o animal surpreendeu banhistas e moradores ao aparecer de forma tranquila e sem apresentar sinais de ferimentos.
A presença desse tipo de mamífero marinho no litoral brasileiro é considerada rara. De acordo com a equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), executado pela Univali, esse tipo de deslocamento pode ocorrer ocasionalmente, principalmente durante períodos de migração ou descanso.
Animal está saudável e sem sinais de sofrimento
Após o registro, uma equipe veterinária especializada foi acionada para avaliar as condições do elefante-marinho. Segundo o monitoramento, trata-se de uma fêmea, que apresenta estado físico satisfatório, com frequência respiratória e cardíaca dentro da normalidade.
Algumas marcas visíveis na pele do animal chegaram a causar preocupação entre as pessoas que acompanhavam a cena. No entanto, os especialistas explicaram que as marcas são compatíveis com o processo natural de troca de pelagem, comum na espécie, e não indicam presença de parasitas ou ferimentos.
O local foi parcialmente isolado para garantir o descanso da fêmea e evitar aproximações indevidas por parte de curiosos. O protocolo de monitoramento prevê esse tipo de proteção sempre que animais marinhos são avistados em praias urbanas.
Presença do elefante-marinho reforça importância do monitoramento costeiro
A aparição reforça a importância dos trabalhos de monitoramento ambiental realizados ao longo do litoral sul e sudeste do Brasil. O elefante-marinho-do-sul é nativo das águas frias do Atlântico Sul e costuma habitar áreas próximas à Patagônia, ilhas subantárticas e regiões costeiras mais afastadas do continente.
Quando avistados em território brasileiro, esses animais geralmente estão em processo de deslocamento ou recuperação. Casos de encalhes ou repouso temporário costumam ser tratados com protocolos rígidos de observação, sem intervenção direta, salvo em situações de risco evidente.
A orientação das equipes técnicas é para que a população evite se aproximar desses animais, não tente tocá-los e sempre acione as autoridades ambientais caso veja algum animal marinho na praia. O respeito ao espaço e ao comportamento natural desses visitantes ocasionais é essencial para sua preservação.
Fonte: Portal Metrópoles.