A alta observada na contratação formal de trabalhadores ao longo de 2024, da ordem de 16,8%, foi consideravelmente maior entre os com idade entre 50 e 59 anos, chegando a 133%. As informações são do estudo “Análise da evolução do saldo de postos formais por faixas de idade”, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, e foram divulgadas pelo jornal Valor Econômico.
Em ano de crescimento da economia, a demanda por trabalhadores é maior, favorecendo quem normalmente tem mais dificuldade de se inserir no mercado de trabalho, explicou Janaína Feijó, uma das autoras do estudo, ao jornal.
Mesmo com esse ritmo de crescimento, a parcela dos trabalhadores de 50 a 59 anos no saldo de novos postos formais ainda é pequena. Entre os dez primeiros meses de 2023 e o mesmo período de 2024, a fatia passou de 1,3% para 2,6%.
Lucas Assis, economista sênior da Tendências Consultoria, afirmou ao Valor Econômico que essa geração com mais de 50 anos tem mais escolaridade, boas condições de saúde e acesso à tecnologia, resultando em maior capacidade produtiva em funções em que a força física não é tão relevante. “Essa maior escolaridade compensa o menor número de trabalhadores da economia no longo prazo”, afirmou Lucas Assis, economista sênior da Tendências Consultoria.