sexta-feira, 17 maio, 2024

UFFS alcança importante conquista para sua internacionalização

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Participantes do programa PEC-G estão escolhendo a Universidade para fazer uma graduação no Brasil

O Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G) é uma oportunidade criada pelo governo brasileiro para que estrangeiros façam cursos de graduação no país. A UFFS está entre as instituições de ensino do Brasil que participam do programa, e desde de 2019 oferta um curso de português específico para os candidatos pré-selecionados no PEC-G. 

Desde então, 50 estudantes passaram pelo curso preparatório da UFFS, mas somente no ano passado a Universidade foi escolhida, pela primeira vez, por uma das participantes do programa, como instituição para cursar a graduação.

Emma Yaa Boakye, que é natural de Gana, na África, participou do curso Pré-PEC-G da UFFS no ano passado e foi aprovada no exame CelpeBras. Desta forma, cumpriu o pré-requisito de proficiência em língua portuguesa do PEC-G e garantiu vaga neste ano letivo para o curso de Administração na UFFS – Campus Chapecó. Ela foi a primeira a optar pela UFFS, mas não é mais a única. Neste ano, o curso Pré-PEC-G da Universidade está preparando outros nove candidatos e, destes, sete optaram por cursos de graduação da UFFS, seis no Campus Chapecó e um no Campus Erechim.

A professora Claudia Rost, que ministra as aulas do curso Pré-PEC-G, comenta que nos últimos anos o trabalho da UFFS foi preparar os estudantes para outras universidades, mas isto começou a mudar em 2023. “Foi uma virada de chave, que conquistamos com o trabalho que temos feito nos últimos anos. É uma conquista bem importante para a internacionalização da nossa universidade”, ressalta.

Conforme o representante do PEC-G na UFFS, Milton Kist, a Universidade “tem entre os objetivos estabelecidos em seu estatuto ‘cultivar a paz, a solidariedade e a aproximação entre nações, povos e culturas, mediante cooperação internacional e intercâmbio científico, artístico e tecnológico’. Além disso, o PEC-G é o programa que mais movimenta a ‘mobilidade in’ nas instituições brasileiras. Nesse sentido, nossa participação está alinhada aos interesses institucionais e atende ações de internacionalização propostas em nossos regulamentos”.

Curso preparatório

Claudia explica que a proficiência em língua portuguesa é uma condição para que os candidatos do PEC-G possam cursar uma graduação no Brasil. Por isso, um ano antes, aqueles que não têm domínio da língua vêm para o país e fazem um curso específico, que era chamado Pré-PEC-G e agora leva o nome de PEC-PLE (Português como Língua Estrangeira) ou PLA (Português como Língua Adicional). Ele é preparatório para o exame de proficiência em língua portuguesa CelpeBras, aplicado no mês de outubro, que avalia a compreensão oral e escrita dos candidatos.

Segundo Claudia, a maioria dos estudantes vêm de países da África e da América Central. O curso é pensado para preparar os candidatos especificamente para o CelpeBras, por isso são trabalhados conteúdos de compreensão e produção oral e escrita e questões relacionadas a cultura brasileira. “Porque são temas variados que vão aparecer nas tarefas do exame”, comenta. O curso de português tem duração de oito meses.

Como explica Kist, o curso de português não é pré-requisito do programa PEC-G, no entanto, muitos países não ofertam cursos de língua portuguesa ou, quanto têm, não realizam a prova de proficiência CelpeBras. Por esta razão, foi criado o curso Pré-PEC-G (agora PEC-PLE/PLA) e as instituições interessadas fazem a oferta de forma gratuita a candidatos do programa.

No ano de 2019, a UFFS teve 10 alunos no curso Pré-PEC-G, em 2020 foram 14, nos anos de 2021 e 2022 foram 9 em cada, em 2023 foram 8 e em 2024 são 9 estudantes. Neste ano estão sendo atendidos candidatos de Benim, Camarões, Nigéria, República do Congo, Gana e Gabão, todos países da África.

Primeira experiência

Para a estudante Emma Yaa Boakye, a primeira a ingressar na UFFS pelo PEC-G, as semanas iniciais de aulas estão sendo boas, apesar das dificuldades de adaptação. Ela lembra que o curso de português “foi ótimo, divertido e os professores eram legais, então isso ajudou”. No entanto, considera que “ter alguns meses para aprender um novo idioma, para passar no exame e depois continuar com os estudos, foi um pouco injusto para nós. Porque a maneira que cada pessoa estuda uma língua é diferente e também a gente vai ter áreas que serão mais difíceis para nós. Mas sou muito grata por essa oportunidade e por essa experiência”. Segundo ela, o que a motivou a estudar fora de Gana foi “conhecer um novo país, conhecer novas pessoas, iniciar uma nova fase da minha jornada na vida e ser uma motivação para meu irmão mais novo”.

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