O Brasil registra 154 casos de influenza aviária desde maio do ano passado no Brasil, segundo o Ministério da Agricultura. Neste cenário, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) reforça as medidas preventivas contra a doença neste começo de 2024. A presidente da entidade, Celles Regina de Matos, alertou sobre os cuidados em reunião da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), realizada na última sexta-feira (16).
Apesar de nenhum dos casos ter sido registrado em granja comercial, três foram em aves de subsistência (uma delas em Santa Catarina), cinco em animais marinhos e os demais em aves silvestres, a companhia enfatiza os cuidados de biosseguridade a serem seguidos pelas granjas para manter a doença longe. Entre eles, estão:
Colocar telas no aviário e manter as aves de produção sem contato com aves de vida livre;
Não permitir a visitação na área de criação;
Ao participar de eventos agropecuários, aguardar 72 horas para acessar as unidades produtivas;
Usar calçados exclusivos para a lida e desinfetar roupas antes de entrar nos aviários.
Medidas e cuidados adicionais na granja
O produtor deve ficar atento a sinais de influenza aviária nas aves de produção, tais como alta mortalidade e diminuição da produção de ovos. Também são indicativos de influenza aviária aves com falta de coordenação motora, apatia, sintomas respiratórios (secreção, tosse, espirros), diarreia e queda nos consumos de ração e de água.
A Cidasc deve ser notificada se isso ocorrer nas propriedades rurais, seja uma produção comercial ou de subsistência. A notificação pode ser feita também pelo e-SISBRAVET, sistema mantido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Cuidados em viagens
O transporte de aves deve ser feito com emissão da GTA (Guia de Trânsito Animal) e outros documentos específicos de cada espécie. Ao viajar, não se deve levar pássaros de uma localidade para outra. O contrabando de aves, além de crime ambiental, pode introduzir doenças nos plantéis comerciais e na fauna nativa.
Ao fazer turismo, especialmente nas áreas litorâneas, não se deve tocar em aves ou mamíferos marinhos mortos nas praias e parques, nem tentar resgatar esses animais se estiverem feridos. Em praias e em parques naturais, o atendimento compete às autoridades ambientais (IBAMA, Secretarias de Meio Ambiente, IMA). Também neste caso, casos suspeitos devem ser registrados pelo e-SISBRAVET.
Por questões sanitárias, é recomendável não levar animais de estimação para a praia, para que não tenham contato com carcaças de animais mortos. A transmissão da influenza aviária ocorre pelo contato com animais, solo e água contaminados. O consumo de carnes de ave ou de ovos não transmite a doença.